Câncer do colo do útero e HPV

HPV e o Câncer do colo do útero

O câncer do colo do útero é o terceiro tumor mais comum entre mulheres no Brasil segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), atras apenas do câncer de mama e do câncer colo retal. O principal fator de risco é a infecção persistente pelo Papilomavirus humano (HPV) de alto grau que representa a infecção sexualmente transmissível mais prevalente do mundo.

Habitualmente, a infecção pelo HPV ocorre mais frequentemente entre mulheres jovens, com vida sexual ativa, múltiplos parceiros sexuais e possui pico de incidência poucos anos após o início da atividade sexual.

O desenvolvimento do câncer do colo uterino é então o resultado da progressão de lesões precursoras. A maioria das neoplasias intraepiteliais cervicais – as chamadas NIC, especialmente as de grau 1, tende a regredir naturalmente, porém temos lesões que podem progredir para o câncer ao longo do tempo. O surgimento das NIC ocorre geralmente em mulheres jovens, em torno de 30 anos, porém tem uma progressão lenta, podendo levar anos para chegar até a doença invasiva, que seria o câncer do colo do útero.

O câncer de colo de útero é uma doença de desenvolvimento lento, que pode cursar sem sintomas em fase inicial e evoluir para quadros de sangramento e secreção vaginal anormal e dor abdominal associada com queixas urinárias ou intestinais nos casos mais avançados.

O intervalo entre a lesão precursora e o surgimento do câncer permite o rastreamento e a prevenção dessa doença. A detecção precoce e a identificação das lesões cervicais são os objetivos centrais do rastreamento do câncer cervical e está fundamentada em três exames: Citopatologia ginecológica (o famoso exame preventivo ou Papanicolau), a colposcopia e a biopsia. Na suspeita de lesão evidenciada no exame preventivo, a biopsia e considerada o “padrão-ouro”, ou seja, o principal e melhor exame, para a identificação das lesões.

O HPV pertence a familia Papillomaviridae, gênero Papillomavirus. Mais de 200 tipos de HPV já foram identificados e cerca de 40 tipos infectam o trato genital feminino.

A melhor forma de prevenir o câncer do colo do útero é a realização regular do exame de Papanicolau, que deve ser feito a cada três anos para mulheres entre 25 e 64 anos, após dois exames anuais consecutivos normais. Essa regularidade pode ser menor quando será necessário acompanhar alterações em exames anteriores.

A vacinação contra o HPV é uma medida importante de prevenção e é indicada para meninas a partir dos 9 anos e meninos a partir dos 11 anos, e pode ser realizada ate os 45 anos de idade. Outras medidas de prevenção incluem o uso de preservativos durante as relações sexuais e a redução do número de parceiros sexuais.

Tratamento para Câncer do colo do útero

O tratamento depende do estágio da doença. Quanto mais precoce o diagnóstico, mais simples será o tratamento e maiores as chances de cura.

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Alessandra Ceravolo

Referências bibliográficas:

https://antigo.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//dados_e_numeros_colo_22marco2023.pdf

Melo, C.A.F. Utagawa, M.L. Expressão imuno-histoquímica dos biomarcadores p16 e Ki-67 na lesão intraepitelial cervical de alto grau: revisão de estudos. São Paulo, Brasil.

DOI: 10.21877/2448-3877.202202030

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